Ao vivermos, fazemos mais do que estar vivos, vamos construindo nossa presença no mundo. Nesse sentido, viver exige de nós uma atitude de ação. Não podemos ficar parados, esperando que a vida vá se vivendo por nós. Tampouco parece muito conveniente vivendo a vida apenas por viver. Muitos não refletem quando só pensam em mostrar presença no mundo, começando apressadamente a caminhar e não se preocupam por onde andam e por quais caminhos escolhem.
- Por que não como todo mundo?
A caminh
ada de nossa vida, não é solitária. No entanto, a tendência de muitos é encarar a si mesmos e a seus valores como sendo os normais (linguagens, costumes, agir, vestir). Na verdade, quando dizemos "como todo mundo", estamos dizendo "como nós mesmos" o que significa dizer que consideramos o nosso caminho como o normal e o dos outros como uma continuação do nosso. E es
sa visão do próximo torna a caminhada ainda mais penosa. Desejamos sempre que o outro seja como nós, para que as relações fiquem mais fáceis; não aceitamos que ele seja ele mesmo, mas como queríamos que ele fosse. Assim, obervamos uma maneira egoista de caminhar, onde apenas a nossa caminhada vale a pena.


SEIS COISAS FÁCEIS DE FALAR, DIFÍCEIS DE OUVIR
- Construindo seu espaço
No mundo em que vivemos, lugar de construção de caminhadas, há os que apenas querem ser como todos e aqueles que desejam ser diferentes de todos e fazer a diferença. Na procura desse destaque,
adotam comportamentos apenas considerados estranhos entre os quais não fazem sentido algum em sua vida ou nem mesmo faz parte de sua cultura, agindo dessa forma, nada muda e continua apenas igual a todos. Para que ele consiga construir sua presença no lugar onde vivemos é preciso que ele transforme esse lugar a partir, primordialmente, de uma reflexão e, posteriormente, de ação. De começo, é necessário entender que existem outros nesse mundo que nunca serão iguais a nós. E talvez ai esteja a maravilha de vivermos: somos todos diferentes e, ao mesmo tempo, partilhamos da dimensão divina que nos faz irmãos da vida.

No livro O senhor é meu pastor, de Leonardo Boff vemos a dimensão humana de buscas constantes, percorrendo um caminho de surpresas que são impostas ou fruto de esc
olhas pessoais, mas que em si, revelam a presença de Deus, como um Outro que se torna presente em nossas vidas. Transparente e comevedor O senhor é meu pastor nos mostra que o medo é o reflexo da condição humana, feita de esperanças, desamparo e busca pelo conforto. Nós nos desesperamos, achando que estamos abandonados, até que a força de fé transforma nossos sentimentos.

"Sei que chegarei
IvevitavelmenteMas como chegarei?
E tenho eu lá alguma cara?
Nem sei a quem servi.
Nem tive projeto próprio a realizar
Vivi atento a chamados
Fiz o que me pediam
Não busquei a mim mesmo.
Sempre estive em função de alguma coisa
Qua ia para além de mim.

Sempre me perguntei
Sem saber responder.
E ao chegar cansado
De perguntar
E de não saber,
Com espanto
Descubro que a Coisa
Eras Tu, meu Deus,
Sim, eras Tu.
E vejo que sem saber
Realizava simplesmente
Teu desígnio misterioso.
Oh infável gozo
Estava sempre na pama te Tua mão."
- Necessitamos no outro para sermos nós
Precisamos do
outro para sermos nós mesmos, este fato não deixa de ser interessante, pois nossa identidade, o lugar em que ocupamos no mundo e que pela nossa caminhada transformamos em espaço acontece na troca, na interação com o outro.Toda essa dependencia pode ser explicada quando nos atentamos ao fato de que o homem, desde os primórdios da humanidade, sente ao seu redor um mistério em todas as realidades do Universo, testemunhando que o homem sozinho não é completo em si mesmo.

- Propaganda da Vida
__________________________________________________ postado por Rafaela Erasmi
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